BREU
A história se passa em uma casa do subúrbio do Rio de Janeiro, nos anos 1970, durante aditadura militar. Carmem e Aurora encontram-se para fazer cachorros-quentes. Este é um primeiro encontro, de trabalho, ainda que inusitado, na casa de Carmem. O que parece ser um encontro cotidiano é transformado pelo medo e desconfiança que definiram a ditadura no Brasil, levando o espectador e as personagens a uma narrativa de suspense onde tudo se dá a partir do olhar de cada um. Na estréia desta parceria, as diretoras Miwa Yanagizawa e Maria Sílvia Siqueira Campos queriam chegar a uma dramaturgia com outras vias de percepção, que a história proporcionasse outros lugares sensoriais para o público. Não é teatro de sensações, mas sim uma tentativa de retirar coisas do invisível, do habitual, contar uma história sem usar só a referência visual. Carmem, uma das personagens é cega. Assim, optaram falar da cegueira, física e metafórica e apresentaram o projeto para o dramaturgo carioca Pedro Brício que situou a história das duas mulheres estranhas que se encontram em uma casa no subúrbio do Rio de Janeiro em plena ditadura militar, um dos tantos episódios de “breu histórico” que temos na história da humanidade. Apesar do momento marcante, esse não é o tema central da história, ele está ali como pano de fundo. Mais do que fazer um relato histórico, “breu” trata das precárias relações humanas que se alteram constantemente e geram infinitas leituras e invenções do outro e dos acontecimentos.
BREU histórico
Centro Cultural Banco do Brasil DF - Teatro II- 2011
Centro Cultural Banco do Brasil RJ - Teatro III - 2012
SESC Belenzinho SP - 2012
Viga Espaço Cênico SP - 2012
Festival internacional de Teatro de São José do Rio Preto - 2012 Rota Gamboa RJ - 2012
prêmio Questão de Crítica de melhor espetáculo, direção e luz prêmio APTR de melhor iluminação Indicação ao prêmio Shell de melhor atriz para Kelzy Ecard
FICHA TÉCNICA
Texto Pedro Brício
Direção Maria Silvia Siqueira Campos e Miwa Yanagizawa
Elenco Kelzy Ecard e Andrea Horta / Natalia Gonsales
Assistente de Direção Liliane Rovaris
Cenário Aurora dos Campos, Maria Silvia Siqueira Campos e Miwa Yanagizawa
Iluminação Tomás Ribas
Figurino Flávio Graff
Trilha Sonora Felipe Storino
Projeto Gráfico Felipe Nuno
Fotografia Daniel Spalato e Paula Huven